**O Julgamento do Amor: Uma Sexta-feira na Cafeteria Centelha Divina**

Na Sexta-feira da Paixão, o céu amanheceu entre nuvens pesadas e luz dourada. Havia uma calma estranha nas ruas, como se até os passos da pressa estivessem em silêncio. No coração da cidade, escondida entre livros, aromas e lembranças, a **Cafeteria Centelha Divina** abria suas portas como um abraço. O sino da entrada tilintou com suavidade. — Bom dia... — disse uma voz rouca, vinda de um homem de olhos claros e barba por fazer. Seu manto era simples, e seus sapatos carregavam poeira de muitos caminhos. Clara, a dona do café, sentiu um arrepio doce. Era como se aquele homem trouxesse perguntas que não se fazem com palavras. — Sente-se onde quiser. Temos cappuccino com toque de canela hoje. E pão de fermentação lenta... Ele escolheu a mesa do canto, onde a luz do fim da manhã tocava suave. No centro da mesa, havia um pequeno cartão escrito à mão: **“Hoje, reflita: você crucifica ou acolhe?”** Alguns clientes c...