"Fábula: A Xícara e o Grão de Café"


Em um reino distante, onde as colinas eram cobertas por plantações de café e os rios corriam com a doçura do mel, havia uma pequena cafeteria chamada “Centelha Divina”. Dentro dela, uma xícara de porcelana branca repousava na prateleira, admirando os grãos de café que eram cuidadosamente selecionados e preparados pelos baristas.

Certo dia, um grão de café chamado Arábica caiu na xícara e percebeu sua tristeza. “Por que você está tão quieta e solitária?” perguntou Arábica.

A xícara suspirou. “Sinto-me incompleta. Todos os dias, vejo os grãos como você serem moídos, transformados em uma bebida que traz vigor e alegria aos corações dos humanos. Mas eu? Eu permaneço vazia, apenas uma casca sem vida.”

Arábica, com sua casca brilhante e aroma encantador, sorriu e disse: “Mas, querida xícara, você não vê seu próprio valor? Você é inteira em sua forma, perfeita em sua função. Sem você, onde eu repousaria? Onde a magia do café se manifestaria? Você e eu, somos partes de um todo maior. Juntos, somos inteiros.”

Inspirada pelas palavras de Arábica, a xícara permitiu que o barista a enchesse com o café recém-preparado. E, pela primeira vez, ela se sentiu completa. Não apenas uma receptora passiva, mas uma parte essencial da alquimia que desperta a alma.

Os clientes da “Centelha Divina” começaram a notar a xícara, agora sempre cheia, exalando o aroma do café mais puro. Eles vinham de longe para experimentar a bebida que era servida nela, pois diziam que tinha um gosto de plenitude.

E assim, a xícara aprendeu que ser inteiro não é apenas uma questão de estar cheio, mas de reconhecer que cada parte, não importa quão pequena, tem um papel vital na criação de algo belo e completo.


Reflexão para a Jornada Alquímica de Despertar:

Na jornada da vida, muitas vezes nos sentimos como a xícara vazia, questionando nosso propósito e valor. Mas cada um de nós tem um papel único a desempenhar, uma essência que só podemos realizar quando aceitamos todas as partes de nós mesmos. Seja inteiro em cada momento, abraçando tanto as suas luzes quanto as suas sombras, pois é a soma de todas as partes que nos faz verdadeiramente completos.

Na “Centelha Divina”, cada sorriso compartilhado, cada palavra de conforto, cada gesto de bondade, são lembretes de que, quando somos inteiros, iluminamos o caminho não só para nós mesmos, mas para todos ao nosso redor.


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