“O Canto de Azulinho e o Voo de Alaranjada”


Numa floresta encantada, onde as árvores sussurravam segredos do amanhecer, vivia um jovem pássaro chamado Azulinho. 

Ele tinha um canto tão doce que até a lua se demorava um pouco mais no céu para ouvi-lo.

Azulinho estava apaixonado por uma linda borboleta chamada Alaranjada, cujas asas pareciam pintadas pelo próprio pôr do sol. Juntos, eles dançavam no ar, criando uma melodia visual que encantava todos os habitantes da floresta.

Mas como em todas as histórias, chegou o momento de mudança. Alaranjada, sendo uma borboleta, tinha o destino de voar para novos jardins, explorar terras distantes e espalhar a beleza que carregava.

Azulinho, com o coração pesado, sabia que o amor verdadeiro não prende, mas liberta. Então, ele preparou uma despedida, não com lágrimas, mas com gratidão.

"Minha querida Alaranjada," ele cantou, "você me ensinou a beleza do voo compartilhado. Mas agora, é hora de você voar sozinha, levando a luz do nosso amor para iluminar novos caminhos."




E assim, com um último dueto entre o canto de Azulinho e o brilho de Alaranjada, eles se despediram. Não com um adeus, mas com um sussurro de 'até logo', pois sabiam que cada final é apenas o começo de uma nova história.

E Azulinho continuou a cantar, cada nota uma lembrança, cada melodia uma ponte para o reencontro, em algum lugar, em algum momento, sob o mesmo céu infinito.






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