O Canto Acolhedor Fábulas da Cafeteria Centelha Divina


Fábula 3 — O Canto Acolhedor (Fábulas da Cafeteria Centelha Divina)

No fundo da Cafeteria Centelha Divina havia um cantinho iluminado por um abajur de luz suave. Não era o lugar mais disputado, nem o mais vistoso, mas havia algo nele que fazia qualquer pessoa se sentir em casa.

Quem se sentava ali sentia uma presença silenciosa e acolhedora. Casais conversavam sobre sonhos e medos, amigos riam enquanto compartilhavam memórias, e até aqueles que vinham sozinhos percebiam que não estavam realmente sós. Era como se o cantinho abraçasse cada pessoa, envolvendo-a em calma e tranquilidade, sem exigir nada em troca.

Com o passar do tempo, o Canto Acolhedor começou a testemunhar pequenas transformações. Um estudante que se sentava ali antes de provas importantes encontrou coragem para enfrentar seus desafios. Uma senhora, que todos os dias vinha para tomar seu café, sentiu ali forças para perdoar antigas mágoas e reconciliar-se com familiares distantes. Um músico, que costumava se apresentar em outras partes da cidade, descobriu que naquele cantinho a inspiração vinha de forma pura, silenciosa e leve.

O Canto Acolhedor não tinha luxos, nem requintes. Mas oferecia algo ainda mais raro: a sensação de pertencimento, a certeza de que mesmo nos momentos mais silenciosos ou solitários, havia um espaço onde a presença de cada pessoa era sentida e respeitada. Ali, entre o aroma do café, o som distante de conversas e a luz cálida do abajur, os visitantes redescobriam a beleza de simplesmente estar, de simplesmente ser.

E assim, aquele cantinho se tornou um refúgio para todos que precisavam lembrar que acolher-se e acolher o outro pode transformar momentos comuns em lembranças inesquecíveis.


Reflexão: Se a vida colocasse você hoje diante do Canto Acolhedor, o que você escolheria? Um momento de silêncio? Um abraço para si mesmo? Ou a presença de alguém que aqueça sua alma?


 

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