*Cafeteria Centelha Divina: Seu Relacionamento com Deus está Frio ou Quente?*
Era um dia cinzento e úmido quando Chelly entrou na **Cafeteria Centelha Divina**. Logo na entrada, uma placa de vidro gravada com uma pergunta a fez parar e pensar: *"Como anda seu relacionamento com Deus? Frio ou quente?"* Era impossível não notar a profundidade na simplicidade da pergunta, mas Chelly, apressada pelo frio e pela chuva, deu um leve sorriso e seguiu em direção ao balcão.
Ela pediu um café e se acomodou perto da janela, onde gostava de observar as gotas de chuva descendo pelo vidro. Pouco depois, a responsável pela cafeteria aproximou-se com o pedido e, antes de entregar a xícara, perguntou com um tom suave, mas direto:
— Desculpe a pergunta, mas... como anda sua vida com Deus? Quente ou frio?
Chelly franziu o rosto por um segundo, surpresa com a pergunta. Depois, refletiu um instante e respondeu com um leve sorriso sem graça:
— Acho que... morno.
Ao ouvir isso, a responsável fez algo inusitado: entregou-lhe um café morno. Chelly pegou a xícara, tomou um gole e franziu o rosto, insatisfeita.
— Ah, você está de brincadeira! Eu não gosto de café morno... para mim, ou é gelado ou bem quente!
A responsável sorriu gentilmente e puxou uma cadeira, sentando-se ao lado dela. Olhou para Chelly com um brilho de compreensão nos olhos.
— Curioso, não? Você não gosta de café morno... mas disse que seu relacionamento com Deus está morno. Já pensou por que a sensação é parecida?
Chelly ficou em silêncio, refletindo. Nunca havia pensado nisso. Afinal, vivia sua vida de forma apática, sem compromissos profundos. O relacionamento com Deus estava sempre ali, mas sem paixão, sem entusiasmo. Então, a responsável continuou:
— Sabe, Deus também prefere algo diferente de um relacionamento morno. É como o café: ou buscamos intensamente o calor da Sua presença, ou estamos frios, sem interesse. Mas, quando morno... nos acomodamos. E no conforto, deixamos de sentir a verdadeira essência do amor d'Ele.
Chelly olhou para o café e depois para a chuva lá fora, sentindo-se incomodada pela primeira vez com a própria resposta.
— Acho que… nunca tinha pensado nisso assim. Talvez seja hora de aquecer essa relação — murmurou Chelly, sentindo-se inesperadamente tocada pela simplicidade da situação.
Ela deu um último gole no café morno, mas seu olhar já estava diferente. Algo ali havia mudado, e não era apenas a temperatura da bebida.
Chelly olhou para o café morno em suas mãos e ficou pensativa, absorvendo o que a responsável da cafeteria havia dito. A responsável continuou:
— Sabe, Chelly, o morno é onde as coisas perdem o sabor, onde a gente se acomoda. É confortável, mas também sem vida. Quando estamos "quentes" na nossa relação com Deus, temos paixão, fé e propósito. É como aquele café quente que aquece e preenche, renovando nossas forças. Já o "frio", representa... distanciamento. É quando a gente sente que algo essencial está ausente.
Chelly refletiu por um momento, e a responsável acrescentou:
— Às vezes, as pessoas podem até preferir um “café gelado” na vida, o que significa aceitar a escolha de viver distante da fé, cientes disso. Mas o morno... o morno é como dizer que está tudo bem quando, na verdade, falta um verdadeiro compromisso. E Deus quer mais do que uma relação morna. Ele quer aquecer nosso coração, nos trazer para perto de verdade, onde experimentamos a intensidade de Seu amor.
Chelly olhou para a chuva lá fora e sentiu que essas palavras tocavam fundo. O “morno” que ela sempre aceitara estava se revelando como a razão de sua inquietação. Era confortável, mas não satisfatório.
— Eu entendo agora. É como se o morno me fizesse sentir que tudo está bem, mas no fundo, sinto que algo está faltando. Acho que está na hora de aquecer minha vida com Deus — disse Chelly, sorrindo, já decidida a mudar.
A responsável pela cafeteria sorriu e, sem dizer mais nada, foi ao balcão. Pouco depois, voltou trazendo uma nova xícara de café, desta vez bem quente, e um croissant fresco recheado de chocolate, com uma plaquinha que dizia: **"Croissant do Amor"**.
Pouco depois, voltou trazendo uma nova xícara de café, desta vez bem quente, e um croissant fresco recheado de chocolate, com uma plaquinha que dizia: **"Croissant do Amor"**.
Aqui está — disse ela com um olhar acolhedor. — Que esse café quente e esse doce possam aquecer não só seu paladar, mas também seus pensamentos e sua fé.
Chelly deu um sorriso genuíno e, ao provar o café e o croissant, sentiu o sabor não só da comida, mas de uma decisão que começava a transformar seu coração.
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